Com intuito de ampliar o leque de conhecimentos dos profissionais e residentes, a Sociedade Brasileira de Dermatologia de Mato Grosso do Sul (SBD/MS), promoveu a capacitação “Dermatoses de difícil Manejo”. O evento, realizado nos dias 24 e 25 de março, trouxe ao estado palestrantes com alto grau de conhecimento no tratamento de vitiligo, recuperação de cicatrizes atróficas, urticária crônica e necrobiose lipoídica.
Na sexta-feira (24), os inscritos no curso tiveram a oportunidade de conhecer, na prática, procedimentos usados pelo coordenador do ambiente de cirurgia de vitiligo da Faculdade de Medicina do ABC (SP), Juliano César Barros. Além de acompanhar as técnicas usadas pela professora emerita da Universidade Federal Fluminense (RJ), Neide Kalil Gaspar na recuperação de cicatriz atrófica com microinfusão de insulina. As aulas práticas foram realizadas no Serviço de Dermatologia Dr Gunter Hans, do Hospital Universitário (HU).
Já no sábado, o evento aconteceu no auditório da Unimed Campo Grande e contou com os palestrantes: Juliano César Barros que ministrou sobre “Vitiligo: do antigo, as novidades em terapêutica”; Neide Kalil Gaspar que abordou os temas “Cicatriz de feridas difíceis/Ata em rinofima/recuperação de cicatriz atrófica com microinfusão de insulina”, e Paulo Criado, diretor técnico da Dermatologia do Hospital Clinica da Universidade de São Paulo (USP), que palestrou sobre os assuntos: “urticária crônica – abordagem clínica, laboratorial e terapêutica” e “necrobiose lipoídica – Existe uma terapêutica eficaz?”.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia de Mato Grosso do Sul (SBD/MS), essa capacitação trará benefícios aos profissionais e aos pacientes do estado que poderão contar com profissionais ainda mais habilitados, “Trouxemos palestrantes de alto gabarito para compartilhar conosco suas expertises. Algumas técnicas apresentadas são inovadoras e outras já são consagradas”.
O coordenador do ambiente de cirurgia de vitiligo da Faculdade de Medicina do ABC, Juliano César Barros declarou que debater sobre o vitiligo é fundamental, pois trata-se de uma doença de difícil tratamento. “Atualmente 6,1% da população mundial tem vitiligo e muitas vezes o resultado da terapêutica não é o esperado, por isso, é essencial que o dermatologista conheça técnicas distintas e possa assim ampliar as opções de tratamento de acordo com a necessidade de cada paciente”.
Neide Kalil Gaspar, professora emerita da Universidade Federal Fluminense ressaltou que: “O incremento da terapêutica é uma arma importante nos processos cicatriciais e atropias do uso corticoides e também o uso de substâncias simples em portadores de doenças inestéticas”.
Já o diretor técnico da dermatologia do Hospital Clínica da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Criado afirmou que os temas abordados por ele são complexos e ao mesmo tempo apaixonantes, pois o tratamento tem grande impacto na vida do paciente. “A urticaria crônica atinge 1,8% a 2% da população mundial, é uma doença que gera um impacto físico, como coceiras, inclusive com crises diárias, e também provoca problemas emocionais pois podem afetar as relações sociais e gerar exclusão. É uma doença que ultrapassa a pele”.
Criado ressaltou ainda que a aprovação de novos medicamentos no Brasil trouxe novas perspectivas para o tratamento de urticarias crônicas.
Ariadne Carvalho – Consulta Médica Online/ Abaetê Comunicação