De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) o distanciamento social é um fator fundamental na luta contra a Covid-19, apesar disso, Mato Grosso do Sul tem apontado uma baixa adesão ao isolamento, conforme demonstrou pesquisa realizada pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul em parceria com municípios e uma startup. A Capital, por exemplo, manteve média de 45% de isolamento no período de 5 a 20 de abril, bem abaixo do recomendado que é de 70%.
Segundo a presidente da Sociedade Psicanalítica de Mato Grosso do Sul (SPMS), Catia Bonini Codorniz, essa reação da população pode se dar por diversos motivos ou seja, a sensação de onipotência, a dificuldade em aceitar aquilo que foge ao seu controle. Rejeição daquilo que não se pode ver
“Infelizmente, muitos só verão o papel do distanciamento social temporário como algo inevitável quando os números crescentes de infecção tomarem uma proporção nefasta para os sistemas de saúde e, consequentemente, mais mortes serão inevitáveis, inclusive de conhecidos, se não forem de si mesmos. Uma lástima”. Lamenta Cátia.
Ela ressalta ainda a necessidade de compreensão do crescimento exponencial do contágio, atentar-se para o panorama mundial da pandemia e tomar consciência da parcela de responsabilidade de cada um na propagação da contaminação. “O que vemos, na maioria das situações, é o completo desprezo pela vida dos outros, não havendo nenhuma consideração pelos cuidados mínimos necessários. É um direito escolher o seu próprio destino, mas não é seu direito decidir sobre a vida dos outros”.
Catia afirma ainda que se for imprescindível a quebra da medida de afastamento social a população precisa adotar as medidas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde.
Ariadne Carvalho – Abaetê Comunicação